Durante toda minha gestação acreditei estar me preparando para ser mãe... Lí dezenas de livros, fiz alguns cursinhos pra gestantes, pesquisei tudo o que existia na internet. Acreditava que quando a Maria Eduarda nascesse eu tiraria tudo de letra.
A teoria, na prática, foi muito diferente.
Passada a euforia do nascimento, as coisas se mostraram esquisitas dentro de mim. Saimos de casa para a maternidade meu marido e eu. Voltamos: meu marido, eu e Maria Eduarda. Uma vidinha tão pequenina e frágil, dependente totalmente da mamãe aqui.
A primeira noite foi daquele jeito, muito choro, pouco sono e uma mamãe que só chorava.
Nos primeiros dias era só isso que eu fazia. Cuidava dela e chorava. Chorava por tudo: por um comercial na tv e por uma palavra de carinho que alguém me falava.
Comecei a ficar preocupada: será que eu estaria com depressão pós parto ??
Eu não sentia vontade de fazer nenhum mal a minha filha, pelo contrário, meu maior medo e minha maior tristeza, era me achar totalmente incapaz de cuidar direito daquele bebezinho indefeso e frágil. Pra piorar meu leite não desceu e minha filha perdia peso dia a dia. (mas isso escrevo em outro post)
Nesse momento difícil meu marido foi fundamental. Carinhoso, disposto a me ajudar com a pequena, ele fez esse período complicado passar mais rápido.
Comecei a pesquisar sobre o tema e descobri que existem vários tipos de depressão pós parto. Encontrei a que eu mais me encaixava: Baby Blues : uma forma leve e passageira da dpp, cujos sintomas vão diminuindo a cada dia, a medida que a mamãe vai se sentindo mais segura nos cuidados com o bebê.
Agora os médicos fazem um alerta: se o humor não melhorar no prazo que ocorre o baby blues ( de dez dias a um mês) é possível que esta melancolia tenha progredido para uma depressão pós parto convencional e ai é estritamente necessário acompanhamento médico.
NO meu caso, hoje, quando minha filha está completando 15 dias, me sinto muito melhor. Tenho alguns momentos de emoção (mas eu sempre fui meio assim emocionada rs), mas já não me sinto triste. A única coisa que me deixa mau humorada é a falta de sono, mas eu sei que com o tempo isso vai melhorando e minha filha vai dormir melhor e deixar a mamãe aqui dormir também...
No próximo post vou falar sobre minhas dificuldades com amamentação... e como o leite em pó aliado ao leite materno ajudou minha filha a ganhar peso e crescer saudável ;)
Fonte: Revista mãe e mulher - número 11... www.mulheremae.com.br
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